sexta-feira, 2 de março de 2012

Fernando Toledo é reeleito presidente da ALE

A eleição para composição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) com vista ao segundo biênio da atual legislatura, realizada na tarde desta quinta-feira, 1º de março, foi marcada por discussões e bate-boca entre deputados da situação e oposição.
A votação para presidência da Mesa terminou com 19 votos a favor de Fernando Toledo, e apenas dois votos nulos. No total, 25 deputados marcaram presença no plenário, no entanto, quatro deles deixaram a Casa de Tavares Bastos antes da votação, após debates acalorados.
A sessão foi presidida pelo deputado Antonio Albuquerque, que concedeu voz aos deputados de oposição e situação para que defendessem seus pontos de vista. O problema é que do ponto de vista da oposição a eleição antecipada da Mesa Diretora é ilegal, imoral e deixa clara a ‘manobra’ elaborada pelo grupo de Toledo para permanecer no poder, como disse o deputado Olavo Calheiros.
“Eu discordo da eleição antecipada e acredito que é um equívoco porque fará desse plenário palco de uma guerra. É Salve-se quem puder. Com essas atitudes a assembleia conseguirá dificultar o relacionamento com os outros poderes. Acredito que o grupo de Toledo está prestando um desserviço ao parlamento e ao Estado”, disse Calheiros, além de classificar a atitude da chapa única como arrogância.
Em defesa da situação e da eleição, o deputado Marcelo Vitor respondeu que arrogância seria impor a vontade da minoria constrangendo a maioria, como a oposição estaria fazendo. Ele esclareceu que a eleição não seria nenhum tipo de ‘manobra’, e sim articulação política. “A chapa é única porque os adversários não conseguiram construir outra chapa, faltou articulação”, criticou Vitor.
Outra discussão que rendeu no plenário foi protagonizada pelos deputados Ronaldo Medeiros e Antonio Albuquerque. Isso porque Medeiros questionou o tipo de sessão que foi convocada, se seria extraordinária. Os dois travaram discussão exaltada sobre conhecimentos acerca do regimento interno da Casa e Albuquerque disparou: “Não estranharia se não conhecesse o regimento interno, mas que não soubesse ler...”.
A crítica mais ferrenha recebida pela situação veio do deputado Joãozinho Pereira. Ele disse que a eleição era duvidosa e polêmica e que faz da GDE moeda de troca para perdurar meia dúzia no poder. O deputado questionou a legalidade da eleição, uma vez que Fernando Toledo estará assumindo o 4ª mandato consecutivo. “Será que essa eleição também será cancelada? Vamos ter um presidente igual ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, com uma seleção que não joga e cheia de irregularidades. Eis o legado de Toledo, não tem nem papel higiênico nos banheiros”, alfinetou Pereira, apontando diversas irregularidades na Casa, como a falta de prestação de contas.
O deputado Judson Cabral também criticou a postura de Albuquerque e o acusou de ‘déspota’ e de rasgar o regimento interno da ALE, por determinar até quem tem direito à fala. Cabral teceu duras críticas ao grupo de Toledo e chamou a eleição de indecente. Albuquerque, por sua vez, acusou Cabral de tê-lo agredido e respondeu que ele estava equivocado porque a eleição fora acordada por todos.
Outros deputados como Temóteo Correia e João Henrique Caldasse pronunciaram e defenderam seus pontos de vista. Em seguida os deputados de oposição, Judson Cabral, JHC, Olavo Calheiros e Joãozinho Pereira deixaram o plenário em repúdio à eleição.
Os demais membros da Mesa Diretora foram eleitos com 20 votos contra um voto nulo.

Fonte: Gazetaweb com Danielle Silva e Vanessa Alencar

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