sexta-feira, 18 de maio de 2012

Vereadores de Rio Largo são presos acusados de corrupção


Oito vereadores da Câmara Municipal de Rio Largo foram presos, na noite desta quinta-feira (17), após ter sido deflagrada uma operação do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público Estadual. 14 mandados de prisão foram expedidos por determinação da 17ª Vara Criminal da Capital, e, deste total, 10 são contra todos os integrantes do Poder Legislativo daquele município. Sete deles foram detidos enquanto participavam de uma sessão na sede do Parlamento. A deflagração da operação aconteceu depois que o Gecoc ofereceu denúncia contra o grupo. São acusados de envolvimento em crime de corrupção os 10 vereadores de Rio Largo e outros quatro empresários. De acordo com a denúncia do Gecoc, o esquema envolveria a compra e venda de um terreno que pertencia a usina Utinga Leão. Ele funcionou da seguinte forma: a área, que tinha valor venal de R$ 25 milhões, era de interesse de um grupo de empresários liderado por Marcelo Lessa, já considerado foragido da Justiça. Todavia, por possuir muitos débitos, principalmente ligados à União, o terreno não fora comprado pelos interessados. A partir daí a Prefeitura teria entrado no crime. O Município adquiriu a área pelo valor de R$ 700 mil sob a justificativa de utilizá-la para fins de construção de um conjunto habitacional. O projeto de lei pedindo a autorização para a aquisição do terreno foi enviado à Câmara sob regime de urgência e aprovado no mesmo dia em que deu entrada no protocolo daquela Casa. Mas, as casas populares nunca foram construídas. Após comprar o terreno e, supostamente legalizar as suas dívidas, o Poder Executivo vendeu a área para os empresários interessados, já sem quaisquer pendências. Nesse esquema, segundo o Gecoc, políticos teriam recebido dinheiro por ter facilitado a tramitação do projeto em regime de urgência e aprovado-o, logo em seguida. AS PRISÕES: Os vereadores presos são: Jefferson Alexandre (PP), Reinaldo Cavalcante (PP), Ionaide Cardoso (PMDB), Aurízio Espiridião da Hora (PP), Cícero Inácio Branco (PMDB) e Milton Pontes (PPS). Também foi preso o suplente de vereador José Nilton Gomes de Souza - o Nilton da Farmácia (PSB) - que assumiu o cargo em outubro de 2010, no lugar do vereador Jean Móveis (PRP), e participou da votação que desapropriou o terreno por unanimidade. Todos, além do engenheiro e do diretor da usina, foram encaminhados ao Instituto Médico Legal Estácio de Lima, na capital, para realizarem exames de corpo de delito. Depois, foram encaminhados ao sistema prisional do Estado: homens para a Casa de Custódia de Maceió (Cadeião) e a vereadora para o presídio feminino Santa Luzia. Três vereadores não compareceram à sessão ordinária da Câmara e não foram encontrados pela polícia, sendo considerados foragidos: Luiz Felhipe Malta Buyers, o Lula Leão (PSB), que é presidente da Câmara, Thales Luiz Peixoto Cavalcante, o Thales Diniz (PSB), 1º secretário da Casa, e Maria das Graças Lins Calheiros (PMDB), que está de licença médica. Estão foragidos ainda um diretor da Usina Utinga Leão e um empresário da MSL Empreendimentos Imobiliários, identificado como Marcelo Lessa, que teria viajado para a Europa na manhã desta quinta-feira (17). Na manhã desta sexta-feira (18), o procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, falará com a imprensa sobre a situação do prefeito Toninho Lins, apontado como líder do esquema de corrupção. Vereadores negam corrupção Dentro do IML, advogados acionados às pressas aguardavam para falar com os presos. Um funcionário da Câmara Municipal de Rio Largo também estava no instituto e relatou que os policiais entraram na Casa durante a sessão ordinária e proibiram qualquer pessoa de entrar ou sair do prédio. "Eles não tinham os mandados de prisão na hora, o pessoal chegou depois com os documentos". Os vereadores Cícero Inácio e Milton Pontes foram os únicos que aceitaram falar com a imprensa. Eles disseram que participaram da votação para a desapropriação do terreno em caráter emergencial, por causa das obras destinadas às vítimas das enchentes de 2010, que devastou o município. "Era uma situação de emergência, cumprimos o nosso papel de vereador naquela situação e não sabíamos de qualquer irregularidade no processo. Se houve algum benefício a Justiça vai provar e punir os culpados", disse Milton Pontes. A POPULAÇÃO: Ao verem os Vereadores saindo presos, a população de Rio largo aplaudiu a atitude da policia e do Ministério Público. "Agora estamos libertos" - falou um morador que se referiu que Rio Largo era prisão com os parlamentares que nada faziam. Fonte: Gazetaweb / Tudo na Hora

3 comentários:

  1. eu acho que isso é uma questão que vai muito além das paredes da câmara municipal, pois a corrupção dentro de Rio Largo vem acontecendo a longos anos ou até mesmo décadas e todos esses políticos que estão aí em cima nesta enquete são ladrões que estão interessados unicamente em continuar com o roubo e essa safadeza. São todos farinha do mesmo saco e querem apontar o dedo pra o outro, se olhem no espelho também!! O meu vereador está aí e se ele se candidatar eu voto nele de novo, porque ladrão por ladrão eu prefiro o meu amigo!

    ResponderExcluir
  2. TEMOS QUE DAR A RESPOSTA NA HORA DE VOTAR,MAS INFELIZMENTE NOS VENDEMOS POR POUCO!!!!

    ResponderExcluir
  3. ESSA EQUIPE QUE ESTÁ AI(MOVIMENTO CONTRA CORRUPÇÃO ESTÁ DE PARABÉNS,RESTA SABER SE ENTRE ELES TAMBEM NÃO TEM UM ESPERTINHO QUERENDO GANHAR PARA COLOCAR A MÃO NO DINHEIRO TAMBEM,NESSA VIDA SÓ DEVEMOS CONFIAR EM DEUS!!!!

    ResponderExcluir